ARTIGOS  e PALESTRAS

SUA HISTÓRIA PODE SER PARECIDA COM A MINHA
Há muito tempo vinha buscando a melhor forma de crescer profissionalmente, mas parecia que mesmo sem querer eu remava contra a maré, pois as coisas eram bem difíceis. Não conseguia entender como uma pessoa que se dizia acreditar na sua capacidade de superar obstáculos não conseguia vencer as suas próprias dificuldades.
 
Acredito que a grande maioria das pessoas tem o sonho de trabalhar por conta própria, ter o seu próprio negócio, mas muitos deixaram este sonho para traz, pois pensaram não valer a pena arriscar o certo pelo duvidoso. Eu preferi arriscar, ou melhor, decidi correr para realizar o meu sonho: ter o meu negócio próprio.
 
Larguei meu emprego fixo de treze anos como funcionário público federal. Minha família achou estranho. Meus pais quase surtaram. Pensei: vou pegar minha indenização e investir no meu sonho do negócio próprio. Tinha plano para viver doze meses com a indenização, tempo que eu achava necessário para engrenar nos negócios. Plano frustrado. Meu dinheiro acabou em mais ou menos quatro meses. Minha esposa trabalhava no comércio e tínhamos uma filha com dois anos. Hoje ela está com vinte e um anos. As coisas começaram a ficar difíceis.
 
Dívidas pessoais cresciam. Dívidas dos negócios aumentavam. E quase tudo sem perspectiva. Foi um caos. Mas eu não queria desistir, até porque desistir seria para mim sinônimo de fracasso, e eu não queria me ver como um fracassado e nem tão pouco ser visto pelos outros como tal. Mas como disse no início, mesmo sem querer eu remava contra a maré, levando como se diz no popular: “aos trancos e barrancos”.
 
Apeguei-me a tudo que via como maneira para sair do atoleiro. Parecia um carro atolado num lamaçal onde cada vez que se acelera mais, mais o carro fica atolado. Eu era esse carro. E prá sair do atoleiro era preciso ajuda de alguém. Era assim que me senti várias vezes: um carro no atoleiro.
 
Mas eu era persistente, como até hoje ainda sou, continuei tentando.  E sabe o que aconteceu com minha persistência? Piorou. Ahaaa. Pensou que eu ia dizer que minha vida tinha melhorado, ein? Não melhorou não. A estas alturas minha esposa já não estava mais trabalhando no comércio. Estava trabalhando comigo depois de tanto eu insistir que ela fizesse isso. Mas fui continuando, aliás, fomos continuando, eu e minha esposa.
 
O tempo foi passando e as coisas pareciam ficar um pouco melhores. Estruturei melhor minha empresa, contratei funcionários. Tinha oito funcionários. Cheguei a abrir mais dois escritórios em cidades vizinhas à minha. Meu ramo de negócios era de administração de convênios para empresas públicas e privadas. Tivemos um período bom nos negócios a partir desta estruturação, mas as dificuldades ainda rondavam minha vida. Precisava de algo mais sólido, pois minha atividade de certa forma dependia de questões externas e que de certa maneira me preocupava muito, pois a qualquer momento algo de ruim poderia acontecer. E de fato aconteceu. Novas dificuldades ocorreram e tive que fechar os dois escritórios das cidades vizinhas e comecei a demitir funcionários. De oito funcionários reduzi prá cinco, depois prá dois, até ficar com somente uma funcionária. Mas ainda não foi o suficiente essas mudanças. Tive que fechar meu único escritório e montei uma pequena estrutura na casa da funcionária para que ela pudesse trabalhar da sua própria casa para dar continuidade no atendimento aos clientes e uma parte na minha própria casa.
 
Foi neste período que tive que rever toda minha vida profissional e que abalava minha vida pessoal e familiar. Como os negócios não iam bem, a empresa de certa forma passou insegurança para minha única funcionária até o ponto dela sair da empresa e eu fiquei sozinho como comecei.
 
Que retrocesso, pensava eu. Começava a sentir a sensação do fracasso até que decidi por todas acabar com minha atividade de administração de convênios sem saber ainda que rumo tomar dali em diante e diante de dívidas acumuladas. Confesso que foram momentos difíceis para assumir que não dava mais para continuar, e que ao lembrar me fazem chegar às lágrimas.
 
Estive diante de muitas pessoas que se solidarizavam comigo, mas em muito mais número outras que me viam como um derrotado e fracassado. O que fazer agora? Pensava eu angustiado.
 
Agarrei-me em tantas coisas que me pudessem ajudar a sair daquela situação, mas nada parecia dar certo, até porque eu estava atordoado com a situação. Apeguei-me à livros que pudessem me mostrar caminhos por onde percorrer, mas sempre pensava:” Como seguir estes caminhos neste momento de dificuldades? Isso vai levar tempo e tempo é o que eu não tenho porque as dívidas e contas estão batendo na minha porta.” Quem já passou por algo parecido sabe bem do que estou falando.
 
Mas independente do tempo, continuei a ler. Procurei amparo na religião. Precisava me recompor emocional e espiritualmente. Sentia esta necessidade.
 
Resumindo, passei por longos tempos lendo e relendo diversos livros em busca deste "milagre" e foi onde comecei a perceber que aquilo que faltava em mim era a determinação e coragem pra querer mudar as coisas tal como diziam os livros que lia. Comecei, então, aos poucos colocar em prática as orientações lidas nestes livros e comecei a sentir algumas mudanças na minha vida, em especial minhas mudanças interiores que fizeram eu encarar a vida de uma outra forma. Enfim, encontrei a resposta dentro de mim mesmo.
 
Assim como as coisas vêm funcionando para mim, penso que também possam funcionar para outras pessoas e é exatamente isto que desejo fazer: Ajudar a despertar nas pessoas o desejo de mudança, lançando-me no desafio de expor minhas idéias e experiência com o objetivo de estimular nas pessoas a busca de alternativas para aquilo que parece não ter solução em suas vidas e com isso fazer brotar perspectivas de uma vida melhor para as mesmas.
 
Tudo que tenho a mostrar serve tanto para ser utilizado no seu trabalho, na sua casa, no seu cotidiano.